NA ESTRADA DA VIDA

Corri por entre Ruas e Alamedas,

cruzei esquinas, fugindo do teu olhar perturbador,

te perdi nas veredas das emoções, onde deixei

para traz teus carinhos, teus abraços,

tuas palavras...

E na corrida da estrada da vida,

perdi meus passos e não vi meus rastros,

fiquei só, chorei e sorri,

atravessei pontes,

cruzei fronteiras, pulei em precipícios,

fechando os olhos diante do perigo.

- Estava eu lá tão só...

Só o vento batia em meus cabelos

que se molhavam com a chuva de minhas lágrimas,

minha única companhia, eram os pássaros,

que em seus voos perdiam suas penas ao vento

e cantavam enquanto eu chorava.

Parei para pensar, porque eu estava ali

tão só...

Lembrei do teu olhar....Ah! teu olhar,

teus beijos, teu cheiro, tudo ficou para trás,

ficaram lá na esquina...

O teu olhar?....Esse, desnudava o meu corpo

que pedia socorro,

mas ninguém o ouvia,

meu grito se perdia num grande eco...

Adormeci e nos meus sonhos,

derramei nas folhas secas, a minha saudade,

foi uma espera de muita dor,

porque se eu voltasse, sabia que não estaria,

a me esperar...

Pássaro, cante, cante, cante para eu te ouvir,

quero ouvir teu canto,

nesta espera do nada...

Pássaro, voe, voe, voe bem alto e diga a ele:

- “Ela ainda te ama”.

Teresa Cordioli
Enviado por Teresa Cordioli em 26/01/2007
Reeditado em 01/03/2014
Código do texto: T358909
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