Ó
Amor solene fechado no tempo.
Dispersou-se à rija e plana rotina.
Todavia, foram turvas sextas.
Tumor de lembranças!
Amar não cansa.
E mesmo sofrendo,
transcendamos,
num cálido câncer.
A miséria adorada a afana,
mesmo ainda criança!
Amar não cansa.
E mesmo dos insultos que lembro.
Desavenças das primeiras danças.
Mesmo falanges, legando lama.
Amar não cansa.
E minha velha dor
exulta hiperbólicas andanças.
Vive adoecendo em esperanças.
Remói-se.
Suplique,
ó calma santa!
Amar não cansa.