Amar assim é um porre
Depois de tanto correr a baba,
Todos sacaram que tô de porre;
E que a bebedeira foi das brabas,
Ninguém, todavia, ajuda, socorre...
Deu defeito meu primeiro amor,
Fizeram Recall, e eu não atendi;
Ficou a pecinha que causa a dor,
Deveria ser trocada, mas, tá aqui...
Acho que acertam sonegando ajuda,
Atire pedra, o santo que não peque;
O olhar apurado que o mago não iluda,
Além disso, só ela curaria o pileque...
Claudico, pois, apoiado ao soldado,
Único ombro que a noite me trouxe;
Menino órfão rogando um trocado,
desesperado, lá vem o algodão doce...
Dane-se vida sóbria, encherei a cara,
afinal, estão com ela, o queijo e a faca;
Minha filosofia, qualquer louco encara,
mantenha-se bêbado, evite a ressaca...