O Traço Traçado da Pena
Enquanto caminho,
Sinto em minha mão o afagar do trigo
Inventando pela imensidão seu balé
Ofertado pelo vento, iluminado pelo sol,
Doando aos olhos... Reflexão!
Já é quase noite sob minhas letras,
O céu se faz vermelho, às marés se banham
Com a lua despontando nova lá no horizonte,
Inundando de sonhos meus rascunhos,
De ilusões meus versos inacabados!
Pelo traçado da pena,
Juras e lamentos se alçam à poesia
Renascendo de outras estrofes
Escritas também pelo pranto caindo na face,
Sorvendo pelo vazio da folha torpores de nostalgia!
Do lado esquerdo do peito
Pulsa o amor em devaneios etéreos,
Emergindo num pedido de perdão vindo d’alma,
Pelas pétalas secas que voam pelo cenário
De ruas nuas e caladas como esta palavra ecoando
Entre o ardor e o divagar da emoção!
Auber Fioravante Júnior
31/03/2012
Porto Alegre - RS