O palhaço e a bailarina

Foi assim numa manhã qualquer

De um dia sem importância

Entre tantos outros dias tolos

Despidos de qualquer pudor

Fomos apresentados ao inesperado

As máscaras transformadas em pó

Não se sabe qual o momento do estalo

Veio a surpresa do sorriso largo

Dos rostos ressabiados. Confusos...

Espanto!Melodias surgiram como apoio

Pesamentos insólitos,

Planos diversos, sonhos abstratos

Revelam-se reais diante de duas crianças

O medo sede espaço diante a

Um universo de possibilidades

O encantamento tira os pés cansados do chão

Só há um caminho a entrega total e absoluta

Deixar a cabeça leve e o coração cativo

Diante do acaso traiçoeiro da afeição

Do desejo descabido uma vontade latente

De se entregar perdidamente...

A fé solúvel. Entre dois seres crus

Sucumbidos pela chama seguem assim

Entre traços precisos e poemas soltos...

Somos um! Iguais... Colados...

Sem saber bem ao certo onde um começa

E o outro termina. Alquimia perfeita!

O palhaço e a bailarina na corda bamba.

Lu Portaux
Enviado por Lu Portaux em 31/03/2012
Reeditado em 04/09/2014
Código do texto: T3587208
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