Anônimo

Vivo na timidez minha sede

De cremar espinhos e abrolhos

Que me tornam céticos os olhos

Que me proíbem de ver-te!

Vivo na eloquência minha fome

De tapear a carência que maltrata

Meu êxtase sensorial que descarta

Um apetite ígneo e sem nome.

Sou sonso e não me propicio

A caricaturar um devaneio arredio

Que me desperte a essência de amar...

Sou travesso e deliro na areia

De uma sensualidade que cerceia

A ingenuidade intrínseca de sonhar!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 29/03/2012
Código do texto: T3583197
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