Anônimo
Vivo na timidez minha sede
De cremar espinhos e abrolhos
Que me tornam céticos os olhos
Que me proíbem de ver-te!
Vivo na eloquência minha fome
De tapear a carência que maltrata
Meu êxtase sensorial que descarta
Um apetite ígneo e sem nome.
Sou sonso e não me propicio
A caricaturar um devaneio arredio
Que me desperte a essência de amar...
Sou travesso e deliro na areia
De uma sensualidade que cerceia
A ingenuidade intrínseca de sonhar!