A cada encontro far-te-ei poesia

Não vou sobrecarregá-lo meu bem, com

abordagens vãs, já conhecemos o desejo

atraído pelo outro, o estranho nos espreita

para dizer que o ideal não existe, então aceita

o acaso que torna sincero o imperfeito e

passa a ser infinito o momento.

A cada encontro dar-te-ei poesia,

sente a magia plantar também a arte?

Não te precipites, me é dispensável respostas;

tua boca pequena já sussurra silêncios

conversas ao mar os pensamentos infindos

e isso satisfaz perguntas e não promessas

desconhecemos o futuro, mas o seguimos

fielmente. Pisando coisas;

arrastando o chão,

tropeçando sentimentos.

Não quero sobrecarregá-lo, amor,

com minhas desventuras, é suave tua cor

e se tua lombar reclama onde minha

mão não alcança, que águas desnudas

hão de aliviar tuas súplicas?

Levita que a grama nos acomoda essas noites

A lua testemunha o esmorecer do encanto

mas teu semblante, a cada encontro

bem servirá por tu a alimentar a poesia.

Shauara David
Enviado por Shauara David em 29/03/2012
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