Pecado em Ápice
{Tônicos nefastos transbordam do meu cálice.
De ouro adornado, derrama de seu ápice.
Tinto, doce suco de sabor inebriante,
Vinho escarlate, puro pecado: sangue.}
Ao lado a prostituta coroada
De toda a minha virtude ela se farta.
Ao lado dela, preso o cordeiro:
Ensangüentado o santo verdadeiro.
{Tônicos nefastos transbordam do meu cálice.
De ouro adornado, derrama de seu ápice.
Tinto, doce suco de sabor inebriante,
Vinho escarlate, puro pecado: sangue.}
E seu todo pecado me agita,
Sufoca, o coração por ela grita.
É tudo tão errado e é tão bom...
Ela é a Prostituda e eu Mammon.
{Tônicos nefastos transbordam do meu cálice.
De ouro adornado, derrama de seu ápice.
Tinto, doce suco de sabor inebriante,
Vinho escarlate, puro pecado: sangue.}
Ela só veste ouro e diamante,
Tem lábios de rubi, carmim brilhante.
Ela é tão injusta e soberba,
Mas sou ainda pior se não mais vê-la.
{Tônicos nefastos transbordam do meu cálice.
De ouro adornado, derrama de seu ápice.
Tinto, doce suco de sabor inebriante,
Vinho escarlate, puro pecado: sangue.}
Tônico nefasto é o seu corpo
Bebo dos seus lábios como louco.
Deixem-me errar, pois é tão bom...
Ela é a prostituta e eu Mammon,