Uma Mercedes

Uma Mercedes...

Marcondes Filho

Quem sabe a visse

Cabelo ao vento

Brisa lhe acariciando a face...

Seu olhar no futuro

Avistando ao longe

No seu próprio horizonte

A sua própria e pré-anunciada história!

Ah... Como sua imagem seria tão bela

De imaginar,

De sentir,

... De amar!

Quem me dera que de meu sonho “conversível”

Todo meu desejo aflorasse realmente

E eu pudesse lhe dar o futuro.

Ah quem me dera...

(Se me permite)

Eu gostaria

De estar naquele momento

Levando-a a sonhar

Sentindo com o poder de seu sorriso

Facilmente e inesperado

Todo caminho se abrindo

Em uma rota imaginaria

E mesmo assim,

Consciente de seu destino

Seguindo lúcida seu caminho

No ápice de uma luta constante

Buscando como querreira

Em batalha rotineira;

A sua vitória derradeira.

Quem me dera mais te dar querida

Que minha alma poeta possa ofertar

Quem me dera doce Mulher mais te dar

Não uma Mercedes

Conversível da rubra cor,

Linda de estontear

Mas mil anos

De beleza imaculada

Pra que seguindo seu destino

Jamais deixar de me encantar!

Vá doce mulher,

Siga seu destino.

Vá de Mercedes

Vá a pé,

Mas...Vá!

Vença “lombo” bravio.

Seja peão da própria vida

E faça vingar meiga Mulher

Em suas andanças

A sua própria esperança.

Vá querida...

O seu destino à espera,

Mas não esqueça

Esteja sempre comigo e

Seja sempre como te conheci

Apenas uma Mulher!

fim