[Faltou-me o poema]

Apresentando O Transversal

“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”

La Folie, dos irmãos Marx...

Faltou-me o poema.

em sonho,

derramo o mel pelo teu corpo e em cada poro dourado,

silencia-se a noite,

das gotas que o solo bebe,

nascem outras laranjeiras carregando as maçãs do paraíso

fertilizadas pelas hespérides,

renascem os outros extremos nos mundos por onde me navego.

Baptizam-se as vozes

e os sussurros nas águas quentes do equador sem pressas ou preces,

libertam os gemidos mais profundos

que ensurdecem algumas estrelas cadentes,

exorciza-se o corpo.

Oh alma porque persegues, porque queres os sossegos sós?

Afagam-se as núvens pelas mãos ainda entrelaçadas,

afagam-se as espumas das marés também,

libertam-se as andorinhas escondidas que completam o circulo em voo rasante,

nascerão outros sonhos, nascerão outras primaveras.

Faltou-me o poema no dia em que parti.

As Hespérides, na mitologia grega são as primitivas deusas primaveris que representavam o espirito fertilizador da Natureza. Eram as donas do jardim das Hespérides, Camões dizia situar-se no arquipélago de Cabo Verde.

Seus nomes:

Egle - “ a Radiante”, deusa da luz avermelhada da tarde,

Erítia - “a Esplendorosa”, deusa do esplendor da tarde,

Hespéra - “a Crepuscular”, deusa do crepúsculo vespertino.

São reperesentadas deitadas num tronco de uma laranjeira com frutos.

Interessante que os frutos da laranjeira (as laranjas) são conhecidos em várias culturas como as “maças do paraíso”.

Nkisi
Enviado por Nkisi em 28/03/2012
Código do texto: T3580580
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