NEM ÁS MEMORIAS DOS MEUS SENTIDOS CONFESSO...
Fico em mim, envolta as memórias...
Memórias que meus sentidos acreditam ainda sentir
Mas que nem a eles confesso o quanto tua falta sinto
Como essas memórias me assombram, me machucam
Rasgam meus sonhos, me despem de toda e qualquer
Certezas...!
Seguro-me para não correr; emudeço a boca com as mãos,
Para os gritos matar!
Para as memórias dos meus sentidos afogar...
Nas lagrimas secas do meu olhar
Que já não consegue o despojar do olhar!
Não!Não! Nem as memórias dos meus sentidos
Confesso...! Confesso que estão certos que, como
Eles também sinto você ainda... Que teu toque ainda faz
A minha pele arrepiar...!
Que teu hálito quente em mim ainda me faz
Suspirar profundamente!
Que teu acariciar em meus lábios ainda me
Faz desejar mais!
Que tuas mãos em mim ainda são como lavas queimando a alma
Teu abraço ainda mim é inebriante!
Que tua voz ainda mim embevece de excitação, como,
Quando sussurravas - baixinho, vem...!
Que o teu olhar me faz ainda perder-se como gota no oceano...
No oceano de você!
Oh, como é cruel essa memória... Teu gosto ainda está
Em mim! A desfazer meu paladar! Meu paladar que se perdeu
Em meio a tanto desgosto!
Nem às memórias dos meus sentidos confesso...
Que tua falta em mim é ungida pelas memórias
Deles (dos sentidos) por não deixarem você ir embora!
Que mim embriagam com memórias póstumas do teu olhar...
Teu cheiro...
Teu toque... Teu degustar...
Teus sussurros...
Teus desejos!
Teu amar!
Oh, nem às memórias dos meus sentidos confesso!
Natal-RN, quarta-feira, 28 de março de 2012.