Transplante e Prazer

Fardo meu é o teu olhar

Que machuca meu peito e não vem consolar

E me faz chorar

Um pranto guardado a tanto me faz assustar

Quem és tu, ó divina princesa?

Diz que é uma fada guardada a mim pela natureza

E te mostrarei a doce beleza

Que é o amor, muito mais que a tristeza

Cai na minha frente, pois sei que estas cansada

E ninguém cuidará mais ardentemente de tu, minha amada

Meu corpo inteiro quer servir de transplante teu

O que ele mais almeja é dizer que a ti pertenceu

Minhas pernas serão tuas pernas

E nossos abdomens, um só

Nossos lábios, por noites eternas

Cantarão poesias desse amor tão maior

Assim, será impossível nos separar

Se tentar, só se vai tropeçar

Não teria mais jeito

Meu sangue se perderia em teu peito

Seria o amor mais amado

Um prazer nunca experimentado

Dois corpos sem cansaço

Ocupando, sempre, o mesmo lugar no espaço...

Majella Fraga
Enviado por Majella Fraga em 26/03/2012
Reeditado em 14/01/2014
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