Tu
 

Teu sopro poeta
Desalinhou meus cabelos em rimas
Adocicadas,
Douradas,
Misturadas,
Espalhadas.

Eu estava sentada, a lua sobre mim.
Os raios foram derretendo as rimas,
elas se liquefizeram, penetraram-me os poros,
e eu virei... poema a procurar meu poeta.

Meu coração partiu de mim,
a seguir tua voz,
tua voz ritmada por milhões de vozes de fraternidade,
de amor
situadas para lá da terra das quimeras,
sempre livres, sempre fortes, sempre riso.

Na ânsia humana de dlírio e de paz
Eis que encontro tuas mãos e eis que tenho-as nas minhas mãos.
Encontrei teus olhos e tenho-os nos meus olhos.
Encontrei tua voz a sussurrar, teci as rimas,
Para saber-me frágil, feliz, feminina.





 
Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 26/03/2012
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T3577556