Anjo bom

Eu conheço o mal

Que manifesta nas almas das feras

Como feras são elas o próprio mal

São visgos negros e venenosos que deixam seqüelas

Dilaceram a carne vermelha

E o sangue precioso

Que jorra e já é como água suja da chuva

E seus cúmplices são as negras nuvens

Que como quem não quer nada

Propaga-se em uma prolongada

Heresia da dor

Não há face oculta, apenas facas afiadas

Que decepam sonhos e ruborizam as cores

Das flores

É a terra negra que assola estagnada o chão

Com as lindas unhas pintadas com esmalte marrom

Eu penso como Foucault

E a chamo de meu anjo bom

Alexandre

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 26/03/2012
Reeditado em 26/03/2012
Código do texto: T3576720
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