Rosa Violeta
Como em canduras,
Vem caindo a neblina, leve, branca,
Fazendo com que o perfume do jardim
Perdure inundando a solidão,
Colorindo o suspenso coreto!
Por brumas e estrelas,
A voz que ainda me leva a cantar multiplicando
Versos e reversos entoados, feito rosa violeta
Desnudando-se, trazendo de dentro para fora
Lembranças idílicas sempre dignas das liras!
Atrelado aos instrumentos da escrita,
Acolho-me no espaço sentindo na face
O dançar da menina vinda da íris
Deixando no lábio um gosto de mar
Inspirando vida e a beleza da esperança!
Pela intuição do entardecer,
Sou corpo e alma pelas palavras
Incondicionais ao amor ecoando entre as linhas
Esculpidas pelo coração, maculadas pelo desejo
Pulsando forte da alvorada
Ao brilho luar no anoitecer!
Auber Fioravante Júnior
24/03/2012
Porto Alegre - RS