Vi O Mapa da Estrelas no Teu Olhar…
E com ele
Mundos
Estranhos e conhecidos
Que em silêncio me convidaste a visitar
E se viesse por bem
Neles morar…
Vi o caminho dos Deuses
Passado
Presente
Futuro
E uma vontade
Desse trilho seguir
Porque todas as dúvidas
Todas as questões
Todos os anseios
Desaparecem
E nessas estrelas
Tenho a certeza para onde ir…
Vislumbrei
Formas e cores
Que por muito radiosa que seja
A mais brilhante de todas as imaginações humanas
Do que vi
O que imaginam
É um mero e esbatido reflexo
Dessa realidade
Que toquei
E senti
Aprendendo
Que apesar de ir viver uma fracção do tempo universal
Esse tempo
Se devidamente sentido
Dura uma eternidade…
Mas a realidade
A nossa
Humana
Faz com que tenha de confessar
Que vi esse Mapa das Estrelas
Mas não o vi no teu olhar
Desejei ver tal em Ti
Para de Ti nunca mais esquecer
E assim
Crio o falso mito
Que foste a responsável por essa visão
O mais belo chamamento
Que me foi dado o privilégio de escutar
A mais bela de todas as visões
Luz que me tirará sempre
Das trevas
Quando me tocar a escuridão
Porque assim
Não te esqueço
Contigo
De alguma forma
Ficarei
Até se esgotar
A própria luz da Imensidão…