Sapiência
Para onde vão os casais quando os olhares se fecham
na boca que em beijos acordam o corpo?
Sei da vida apenas o amanhecer,
almas antes frias, aquecidas hoje por um querer,
estrelas guias brilham nas madrugadas dos amantes,
onde a vida é muito mais do que simples viver.
Olho o mundo e nele há muito ainda do amor,
entre homens e mulheres a esperança em ondas de paz,
via de mão única para seguir sem jamais voltar atrás
na linha do tempo, o registro de um passado que ficou,
pelas faces que vejo, semblantes únicos, amores e desejos,
alegrias ou não marcando os momentos que não podem apagar.
Dorme a criança embalada por braços anciãos,
sensatez e loucura vestindo a vida que escolhemos viver,
uma onda após outra vem o mar novamente nos ver,
diz-nos do pouco que sabemos no tudo que temos pra conhecer,
o infinito fica ao lado, uma porta a abrir-se e tudo será revelado,
aos sábios, congratulo em silêncio sua autentica forma de ser.
30/12/2006