Poema 0955 - Minha vida
Importa-me os sentimentos mais puros,
voltarei os anos que tenho,
não me detenha quando jogar com a morte,
desde que o amor fique dentro do peito,
gritarei um dia e ninguém vai ouvir.
Tenho a idade do sol da meia noite,
não mais sinto medo, não preciso chorar,
sou um desconhecido quando não falo de amor,
caminho meus anos descalço do meu passado,
até que tenha forças, enquanto conseguir respirar.
Amo cada pedaço do meu céu, cada estrada,
meus pensamentos escrevo na terra vermelha,
volto meus pés quando gritam da lua
e ninguém responde na beira do mar,
é sinal que não existe sentimento, não existe vida.
Sigo meu coração a caminho do destino,
não sei se é vida o meu hoje
ou será um dia um lugar, uma mulher,
não quero ser um desconhecido herói,
preciso saber o que é liberdade e o que sou.
Tenho todas as horas de felicidade anotadas no rosto,
voltarei pelo caminho que fui na hora do amor,
direi coisas sem nexos na hora do gozo,
mas nos olhos levo a liberdade que sempre sonhei
e o sentimento mais forte que um homem desejou.
Tenho anos de sonhos espalhados por falsos amores,
carinhos esquecidos em camas alheias,
luzes que se apagaram logo após o primeiro sono,
esperanças desligadas como se fosse lâmpadas ruins,
promessas de para sempre ditas em êxtases loucos.
Passarei pelas idades de todas as paixões,
abraçarei o corpo sem maldade, abraçarei com desejo.
Talvez um dia encontrarei minha estrada aberta,
meu mundo ou meus mundos, meus amores,
marcas de não, de sins, de talvez... assim é minha vida.
24/01/2007