SENTIMENTOS DE AMOR

SENTIMENTOS DE AMOR

Velejei por mares bravios e águas turbulentas,

Sofri com o balançar das ondas em vil revolta.

Vi esmaecer as minhas esperanças opulentas

No pensar cadente sem pandega que se esgota.

Não logrei as venturas que meditei e planejei,

Nos sonhos corroídos sem belas esperanças.

A minha face amarelou quando tonto me deitei,

Alardeando motivos para as bem-aventuranças.

Sofri, chorei no amargor sem contentamentos,

Senti faltar as minhas doces e sutis esperanças.

Minha fisionomia refletia esperançosas bonanças

Soltando, iluminando, meus tristes pensamentos.

Meu ligeiro navegar tinha esplendorosa missão.

A todo instante tentava vencer grandes percalços,

A minha diretriz, meu viés era sentir doces abraços,

De uma formosa donzela de fantástica iluminação.

Consegui afinal transpor os obstáculos frenéticos.

O amor sofrido, dilacerante não suportava esperar.

O coração a palpitar em revoltos movimentos tétricos.

A vontade descontrolada, a sensação luzidia de amar.

Ela veio alegre ao meu encontro, sorridente e feliz.

Como um redemoinho a afaguei num forte abraço.

Era amor, paixão que não contive e perdi a diretriz.

Num belo encanto nos abraçamos sem embaraço.

Na relva verdejante nos deliciamos ao som da passarada.

O final da viagem nos incita a ósculos renitentes e ardentes,

As borboletas multicores voam em delirantes revoadas,

Raiou o prazer e nos entregamos aos amores solenemente.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/CEARÁ

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 23/03/2012
Reeditado em 23/03/2012
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