AS PORTAS DO AMOR (mais um poema misto de um amor invisível e de uma bela, mas distante amizade...)
A Ti, a mais linda das amigas borboletas
AS PORTAS DO AMOR
Eu tenho um amor
Que não gosta de mim
Talvez porque a vida é uma íris
Onde há o preto e branco
Há cores
Há amores assim
Abrindo eu
As portas do amor
E dei comigo
Feliz
E algo desolado
Por
Estar
De certa forma abandonado
N´
As portas do amor
E amo
Vou amando
Mais com a amizade
Do que com o amor
Numa estranha procissão
Em que todos me vêm
Mas que não tenho ninguém a meu redor
As portas do amor
E eu…
Parado
Passo o tempo a correr
A espera que este imenso ardor
Possa desaparecer
As portas do amor
Para muitos
É um paraíso
Mas para mim
Purgatório
Porque
Não te tenho comigo
As portas do amor
Nos teus silêncios
Que em parte fui eu que provoquei
Na ausência
E permanência de uma saudade
Sem ti
Os dias são curtos
E as noites frias longas
E como sofre
A minha interioridade…
As portas do amor
Mas a elas
Regressarei
Sempre
Que o coração
Bater ao contrário
Duma forma
Especial
Sempre te amarei
Amiga impar
Que desta forma
Suspiro
Por te ter
A meu lado
As portas do amor
Deixei as chaves
No lugar do meu coração
Onde as encontrei
Na esperança
Que um dia
A elas voltarei
As portas do amor
Reino
De beleza indescritível
Sem nada igual
Mesmo que o tenha de ver sozinho
E sair pela porta das traseiras
E não pela porta principal…