LEAL
Meus amores,
meus indeléveis amores,
perdão vos peço por tudo e pouco
que vos fui até agora,
e que de agora
em diante vos serei!
Entrego-me em armistício
ao vôo rapino, meu sacrifício:
apenas para um amor exclusivo
abrirei os braços
assim leal e conciso.
Já me despeço das calçadas,
fiéis falenas, pequenas fadas,
com as quais não mais dormirei.
Aceno adeus, dependuro a fama:
- Divas, donas, damas,
ainda ontem eu admito que vos amei.
Hoje volto para meu aconchego:
nessa terra, dois olhos negros
somente meus já me fazem rei.
Poema integrante do livro "Carne Íntima", 1984.
Meus amores,
meus indeléveis amores,
perdão vos peço por tudo e pouco
que vos fui até agora,
e que de agora
em diante vos serei!
Entrego-me em armistício
ao vôo rapino, meu sacrifício:
apenas para um amor exclusivo
abrirei os braços
assim leal e conciso.
Já me despeço das calçadas,
fiéis falenas, pequenas fadas,
com as quais não mais dormirei.
Aceno adeus, dependuro a fama:
- Divas, donas, damas,
ainda ontem eu admito que vos amei.
Hoje volto para meu aconchego:
nessa terra, dois olhos negros
somente meus já me fazem rei.
Poema integrante do livro "Carne Íntima", 1984.