SINAL
Já pressinto no horizonte o teu sinal.
Virás das veredas menina
impetuosa seduzir, crescida,
o menino que conheceste
numa manhã no teu quintal;
e alastrarás perfumes delicados
de ventilar palavras meigas
e revelar no teu corpo
a mulher finda, sexual.
Voltarás, agora, deusa constante
pôr acesas essas noites de calor,
cravando marcas na praia terminal
do meu mar sereno, absoluto.
Do esconderijo sairei, inculto,
venerar-te a brisa e o sal
e molhar-te as plantas dos pés
e te soprar um frio de amor.
No azul do fim já pressinto sim,
pródigo amor,
teu vulto tremular: um bom sinal.
Poema integrante do livro "Carne Íntima", 1984.
Já pressinto no horizonte o teu sinal.
Virás das veredas menina
impetuosa seduzir, crescida,
o menino que conheceste
numa manhã no teu quintal;
e alastrarás perfumes delicados
de ventilar palavras meigas
e revelar no teu corpo
a mulher finda, sexual.
Voltarás, agora, deusa constante
pôr acesas essas noites de calor,
cravando marcas na praia terminal
do meu mar sereno, absoluto.
Do esconderijo sairei, inculto,
venerar-te a brisa e o sal
e molhar-te as plantas dos pés
e te soprar um frio de amor.
No azul do fim já pressinto sim,
pródigo amor,
teu vulto tremular: um bom sinal.
Poema integrante do livro "Carne Íntima", 1984.