Intangível...e Tão Meu.
Vento, lua
brisa, rua
cheiro de mato
cheiro de chuva
e o pensamento fugindo pela janela aberta...
As raízes se desgrudando do chão
dando adeus à impotência
desembrulhando os sonhos
numa atitude tão certa...
E olhando essas mãos vazias
fazendo parte da mesma paisagem,
percebo que o intangível também ocupa espaço
mesmo quando aqui não permanece...
Assim, cruzando as fronteiras do medo,
fazendo da solidão um brinquedo
a saudade do meu amor distante, dentro de mim,
apenas adormece...
("Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las..
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!" )
Quintana