"Eu nasci depois que te conheci"
 
 
Percebo hoje que minha trajetória até aqui não passara de ilusão
Fora a própria contradição a tudo o que acredito nessa vida
Andei por penhascos resvaladios, desprovida de qualquer proteção
Rastejando pela escuridão, sendo a face da infelicidade mórbida!
 
Aflitivo corpo que arrefeceu, que se entregou ao triste destino
Deu vazão às palavras a esmo e se privou de tudo
Esquecera-se de degustar o fruto e se lambuzar com o sumo
Como se assim ficasse incólume de todo mal do mundo!
 
Maltrapilha e descalça, mendigando pelas ruelas do nada
Perdida em dúvidas sem contemplar a beleza das flores
Arrastando correntes de dores numa existência amaldiçoada
Limpando as feridas com o acumulo dos dissabores!
 
Um traste ambulante com o escurecer nos olhos
Com os sonhos vazios, tocando a pele sem sentir
Foi quando te vi e o amanhecer se fez presente nos teus braços
E foi no teu laço que descobri q'eu só nasci depois que te conheci!

 




 
 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 21/03/2012
Reeditado em 21/03/2012
Código do texto: T3567145
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