MINHA AMADA MULHER
(Sócrates Di Lima)
- Ocê ama Eu?
Pergunta o meu coração,
Eu amo ocê,
Responde o coração dela,
E em forma de carinho,
Abrimos nosso caminho,
Desde o alvorecer do dia,
E que alegria,
Ao ouvir a voz dela,
Desejando-me bom dia.
- Ocê gosta di Eu?
Pergunto na madrugada,
- Gosto muito d´ocê,
Responde minha amada.
Pode até parecer estranho,
O linguajar das falas,
Mas para nós nada enfadonho,
São tratamentos carinhosos que a alma exala.
Quiçá é poesia,
A doce fantasia,
De amar de todas as formas,
Que transforma,
A fonética,
A gramática,
O vocabulário,
Que nessas horas,
Importância alguma tem,
Pois o amor,
Não tem palavra certa também,
E o coração do poeta,
Se serve de qualquer palavra,
Pra manifestar o amor.
O que importa,
É a forma carinhosa,
A ternura induvidosa,
Que os lábios pronunciam,
E anunciam,
Que o amor não tem verbetes,
E o verbo amar,
É conjugado em qualquer tempo,
Quando o amor é verdadeiro,
Como o meu e de Basilissa,
Que ficará eternamente escrito,
Na tábua dos nossos mandamentos,
No presente e no futuro,
Aprendizados,
Ensinamentos.
No entanto,
A prosa poética,
Não segue a retórica,
Basta deixar o meu coração falar,
E a alma sempre inovada,
Pronunciar através dos lábios,
Dizeres sábios,
Pra minha amada.
Amada minha,
Minha doce veínha.
- Ocê ama eu?
- Ocê gosta d´Eu?
- Eu amo ocê,
Também gosto d´ocê.
E assim seguimos em frente,
No sano e insano amor da gente.
Como a flor e o beija-flor,
Conjunção eterna,
Cânticos e laços ternos,
Desde a madrugada,
Com amor,
E por amor,
Como a vida nos quer,
Eu na estrada,
Buscando o abraço,
Nos braços,
De minha amada mulher.