E QUANDO FOSSE A HORA
E não houvesse saída
E se me desse água
E me matasse a sede
E me salvasse a alma
E se, com toda a calma
Eu em plena utopia
Eviscerasse meu peito
E me tirasse o centro
E me deixasse oco
E se por mais um pouco
Elevasse meu corpo
E dentro do meu antro
Encontrasse o perdido
Elo de meu ego
E me deixasse cego
E se me pregasse um prego
Em meu peito ferido
E se depois, no umbigo
Entornasse seu gozo
Embriagasse o dorso
E se na morte lenta
Em plena eutanásia
Emudecesse a voz
Emoldurasse os olhos
Em frios orbes secos
E me deixasse atado
Em tua lembrança negra
E minha tragédia grega.
E não houvesse saída
E se me desse água
E me matasse a sede
E me salvasse a alma
E se, com toda a calma
Eu em plena utopia
Eviscerasse meu peito
E me tirasse o centro
E me deixasse oco
E se por mais um pouco
Elevasse meu corpo
E dentro do meu antro
Encontrasse o perdido
Elo de meu ego
E me deixasse cego
E se me pregasse um prego
Em meu peito ferido
E se depois, no umbigo
Entornasse seu gozo
Embriagasse o dorso
E se na morte lenta
Em plena eutanásia
Emudecesse a voz
Emoldurasse os olhos
Em frios orbes secos
E me deixasse atado
Em tua lembrança negra
E minha tragédia grega.