FESTA
Na festa desta noite,
Adorarei ver-te risonha na imaginação,
Assomar-te no início da passarela
Num desfile sobre nuvens de algodão.
Na festa desta noite,
Chegarás num vestido negro da minha coleção,
Enciumarás meus olhos
— Velhos cúmplices dessa solidão.
Na festa desta noite,
Terás nos lábios o rútilo carmim
Da juventude anunciada
Nos risos da noite — para mim.
Na festa desta noite,
Brindarás com champanha nosso louvor,
E a embriaguez inaugural
Virá denunciar-te meu barril de amor.
Na festa desta noite,
Aceitarás convite para a próxima dança.
E a volúpia sonora
Abrirá desejos de mulher e gracejos de criança.
Na festa desta noite,
Corpos se desnudarão ardentes e absortos
Entre sons e ritmos
Da alegria renascida e do passado morto.
Na festa desta noite
Virão na madrugada pesares e perigos:
— No teu leito verde, sonharás
O glamour da noite sem festejares comigo.
Poema integrante do livro "Outono Verde"
Na festa desta noite,
Adorarei ver-te risonha na imaginação,
Assomar-te no início da passarela
Num desfile sobre nuvens de algodão.
Na festa desta noite,
Chegarás num vestido negro da minha coleção,
Enciumarás meus olhos
— Velhos cúmplices dessa solidão.
Na festa desta noite,
Terás nos lábios o rútilo carmim
Da juventude anunciada
Nos risos da noite — para mim.
Na festa desta noite,
Brindarás com champanha nosso louvor,
E a embriaguez inaugural
Virá denunciar-te meu barril de amor.
Na festa desta noite,
Aceitarás convite para a próxima dança.
E a volúpia sonora
Abrirá desejos de mulher e gracejos de criança.
Na festa desta noite,
Corpos se desnudarão ardentes e absortos
Entre sons e ritmos
Da alegria renascida e do passado morto.
Na festa desta noite
Virão na madrugada pesares e perigos:
— No teu leito verde, sonharás
O glamour da noite sem festejares comigo.
Poema integrante do livro "Outono Verde"