Peito borrado

Neste semblante, ilusionado e triste

da ausência tua, nesta imensidão

que me rodeia, gélida prisão.

Em um raio de sol, o amante, resiste!

Como uma queda, corrente a limpar

a terra cansada, enegrecido ar!

Ponta de abismo que me incendeia!

Brilha e caminha, sombria Aurora!

Nem mesmo a falta de tudo

ou tudo que falta a mim mesmo

Preenche este espaço vazio

Apaga esta figura mal desenhada

Que de tanto tentar ser apagada

É como um borrão permanente

que queima a minha mente

e alimenta meu onírico coração...

Evandro Nogueira Exposto
Enviado por Evandro Nogueira Exposto em 20/03/2012
Código do texto: T3564458
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