Peito borrado
Neste semblante, ilusionado e triste
da ausência tua, nesta imensidão
que me rodeia, gélida prisão.
Em um raio de sol, o amante, resiste!
Como uma queda, corrente a limpar
a terra cansada, enegrecido ar!
Ponta de abismo que me incendeia!
Brilha e caminha, sombria Aurora!
Nem mesmo a falta de tudo
ou tudo que falta a mim mesmo
Preenche este espaço vazio
Apaga esta figura mal desenhada
Que de tanto tentar ser apagada
É como um borrão permanente
que queima a minha mente
e alimenta meu onírico coração...