Ele: É uma bebida inebriante para mim o ouvir a tua voz,

oh, magnífica do meu coração.

Vem.

É a hora da eternidade que nos chega.

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Ela: Meu coração fica em suspenso quando estou em teus braços,

oh, dono do meu corpo,

e tu fazes aquilo que se espera.

Oh, sim, é doce a hora da eternidade.

 

 

P.S. Até onde se sabe, foi no período do Novo Império (1580 a 1085 aC) que surgiram os primeiros poemas de amor egípcios.


Evidentemente, eles não tinha a forma lírica que nós conhecemos, nem eram rimados.


Talvez tivessem um "ritmo", mas é difícil saber, porque desconhecemos qual era a pronúncia real da língua.


A linguagem é simples e direta, retratando a fala de um ou outro dos amantes, ou de ambos alternadamente, ou ainda de uma terceira pessoa, o "poeta".


Esse é um dos poemas, que fazem parte do Papiro Harris 500, escrito por volta de 1300 aC, e guardados no British Museum.