Felino...
Indiferença
constância entre o silêncio e o perigo
mistério
entre a filosofia e a crença
orgulho adquirido
um rei com rima sinistra
corpo lânguido
mapeando a vida...
Felino
a deriva da alma,
brilho de velas que tremulam
no egoísmo da lauta ceia.
O canto nu próprio da paixão
um cio de poema em pêlos
em descarada provocação
uma constante meia verdade
meia sedução em aproximação.
Felino
impulsiva audácia e atenção
encena um coração
e atropela a emoção.
Carinho descarrilhado
provocando fascínio
com o vento que vem
em vida confusa
sem saber de nada
se desvenda aliado
com o límpido suspiro
como ar que respiro
onde permaneço vadio
em entrega ao sublime gato
tornando assim
refém da sua glória!