Nova Paixão
Mergulhei no mar turbulento
e me emergi em seu olhar,
doce alento.
Nossos corpos a dançar,
nossas vozes a cantar
a mesma velha canção.
Hão de vir tempos melhores:
passos mais ousados,
fusão e êxtase,
em sermos um.
Foi só o começo:
sigamos sem tropeços,
nos passos desta dança,
entre eras, esferas,
vidas e mortes,
sem tempo nem espaço,
sem eu ou você.
Que seja só o amor, chama,
que nos chama a ser eternos,
fora do tempo,
fora do espaço,
quando em seu regaço,
nos transmutamos nele.