SAUDADE AO LONGE
(Sócrates Di Lima)


Como o azul do mar olhando entre nuvens,
É a minha saudade ao longe,
Um azul profundo,
Meclado num azul esverdeado,
Meu coração desenfreado,
Bate fundo,
Em toques que range,
E se confunde com o vento,
Que sopra além da brisa,
À guisa,
Da minha saudade que de longe vem.
Olho imagens do mar distante,
E como navegante,
Dos mares da minha saudade,
Eu busco em braçadas,
Um barco a vela,
Uma caravelha,
Um Iate cortando ondas,
Um cruzeiro cortando mares,
Nos olhares,
Que minha alma cede,
Na sede,
Dela,
Que a saudade faz,
Traz,
Como um desejo de sentinela,
Ela,
Minha Basilissa amada,
Que do alto do seu tempo,
Distante nas suas asas,
Trazem com nostalgia,
O cálice na poesia,
Que derrama em saudade,
E me invade....
Olho as folhas secas,
Que tantas histórias contemplaram,
E que nos ventos das memórias,
Trazem na remota conjunção temporal,
As estações que tanto vivemos,
Desfrutamos,
Amamos....
Eu e ela,
Num recital de amor,
Onde as falas ganham imagens,
E as imagens tecem vozes,
Ferozes,
Nos gritos da saudade,
Que brilha ao longe,
Traz pra perto,
De certo,
O fogo ardente do nosso amor,
Que no silêncio da distância,
Se transforma sem piedade,
Na doce e contínua saudade.
Eu e Basilissa,
A sós,
Contemplando,
Ao longe,
A doce saudade de nós.


 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 19/03/2012
Reeditado em 19/03/2012
Código do texto: T3563604
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