Estros de Outrora

Migrantes versículos,

Caem junto à noite nobre,

Ativista das águas que movem moinhos

Vasculhando nas entrelinhas

À nota prima da canção em clave renascente!

Pelo divagar do jardim,

As palavras viajam por todo o sempre

Semeando em cada pauta um ato divino,

Recitando quimeras, abrindo o passado

Em folhas impressas pel’alma, maestria das velas!

Anelado as trilhas

Sutilmente herdadas pelo destino,

Teço meus devaneios esquecendo a solidão

Louvando em lamentos à Poesia

Que me trouxe num outono um sorrir primaveril!

Aos ventos,

Entrego meus estros inundados de amor

Desenhando pelas praias meus poemas,

Meus versos de outrora ainda pulsando

Como a lua em suas fases de amar!

Auber Fioravante Júnior

18/03/2012

Porto Alegre – RS