Ao Amor que ainda Sinto
Aberta pelo tempo,
Dói ainda a ferida encravada no peito
Desnudando-me em versos
Ah uma das Graças onipresente, sempre...
No rabiscar das alquimiadas pautas!
Mesmo longe,
A sonata se descreve suavemente
Perolando cada letra como única,
Em sua mágica fantasia de fazer
O olhar sorrir... E a luz embriagar ao navegar!
Cúmplice do ensejo,
Alço-me à pedra esmeralda
Como a chuva esculpindo as montanhas,
O vento entoando suas canções
Dentre árvores e faces em solidão!
Ah! Galáxia de Orion, deixe-me chorar
A madrugada está por vir, a lágrima é puro sentimento!
Só, pelo campo de centeio,
Arremesso meus dons ao dançar
Da plantação formando pelas planícies
Antigas estrofes aveludadas no sentir,
Aquele sentir que só a alma sabe entoar!
Auber Fioravante Júnior
17/03/2012
Porto Alegre - RS