Perguntas e Respostas

O QUE SERÁ O AMOR?

Marcondes Filho

P:- O que será o amor...

Será dizer: “Te amo”?

R:- Não! Amar é mais que isto.

É renovar o sentimento a cada instante.

É perceber no ente querido

As suas alegrias e tristezas

Na alegria sorrir com ele

Na tristeza não chorar suas dores d’alma,

Mas consolá-lo.

P:- seria isto o amor?

R:- Não! Faz sentido mas vai mais além;

É perceber num simples gesto de alegria

O desejo cumprido da felicidade

Somado e repartido em partes iguais...

É cumplicidade!

P:- E na tristeza?

R:- Na tristeza consolar mas não dividir...

Não se divide a dor solitária

Tão afeita à individualidade.

Deixar o ser amado ser único em seus pensamentos

Será participar de seus dilemas

Sem questioná-los

Questioná-los seria os fazerem serem divisíveis

E não se divide a dor se não a temos na alma.

Existem dores únicas e tão íntimas

Que só nos restará “escutar”.

Cada dor tem sua tonalidade impar,

De cores matizadas que jamais perceberíamos.

P:- Que seria então o amor?

R:- Ah... O amor é também único e íntimo a quem ama.

Traz alegria quando se inicia

E tristeza quando se prenuncia um fim nostálgico.

(O amor sempre deixará lembranças)

O amor se veste de alegria e risos contidos

De cores tão variadas

Que realçam a ingenuidade de quem ama de verdade

Que divide alegrias em duplo sorriso

Que cria cumplicidade de sentimentos perenes,

Vem pra ficar e se estabelece nos amantes.

P:- Amar então é isso?

R:- Não! Faz sentido mas é muito mais.

É compreender um “não” quando se esperava um “sim”

E fazer de um “talvez” uma esperança sempre renovada.

É criar fantasias só para sair da rotina

E surpreender o ser amado.

É amanhecer a cada novo dia

Com uma única imagem na memória:

A do ser amado de um momento antes.

Ah amor...Doce palavra com quatro letras

Tão simples como se escreve “DEUS”

E como “Ele” tão incompreendido.

P:- Onde mais acharíamos o amor então...

Em “Pietá”...

Um amor maior,

O amor de mãe?!

R:- Sim...Mas como amor maior

Não faz do amor entre dois seres

Um amor menor.

P:- Onde mais encontraríamos o amor...

Ir as estrelas e “ver” Deus?

R:- Não será preciso!

Aos nossos olhos do mesmo Mestre

O encontrarás na mão de Deus

Que estende, doa, e humildemente

No teto da “Capela Sistina” amor apregoa.

P:- Onde mais perceberíamos tal sentimento?

R:- Tão fácil...

Vive no sorriso

No jeito meigo de falar

No porte generoso

Na graciosidade de uma Mulher;

Minha amada

Minha doce mulher,

Único sinônimo que conheço

Para a palavra AMAR.

Feliz de quem ela queira fraternalmente

Nos digam seus fraternais

Pois amor emocional

Só eu que a conheço na essência

E sei do que sou capaz de tudo

Só para emociona-la.

Até mesmo “Poeta” serei

De uma rima só

Pois não passo

Unicamente por ela

De um colecionador de emoções

E palavras esquecidas.

Seja sempre bendita a Mulher!

Fim.