Sempre





Quando menos percebi a queda,
já era tarde para saber do pergaminho,
enterrado, com o futuro descrito,
dizendo que minha condição
de mármore frio, sem coração,
havia se acabado no calor do sangue
que percorria as recém criadas veias.
Ao minério deu  lugar a carne,
e iniciou-se o envelhecimento.

A escolha de quem deixa o altar,
é a mesma de quem escolhe ser grande.
Um tamanho extravagante no peito,
onde mora meu único poema em segredo.
E seu nome, é o que faz temer a morte,
mais que o presente incerto.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 16/03/2012
Código do texto: T3558778
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