DESEJOS EM UMA NOITE QUENTE
(Sócrates Di Lima)
Nas noites frias os corpos se alinham
os faz quentes e submissos
desejo e prazer que juntos caminham
nas noites enluaradas e sem compromissos.
Desejo e saudade se multiplicam
num encontro frénetico e profanoseparados
Corpos separados suplicam
querendo a extravagância do desejo insano.
Nas noites os desejos se soltam,
Feito aves noturnas se espalham,
Se cruzam, se penetram, não falham,
Os desejos se tornam reais e não calam.
Desejos de amar,
Ser amados,
Enamorar,
Namorados.
Ah! E corta a pele o desejo,
Queima e cheira amor,
Sedimenta no beijo,
Gritos sem dor.
É o desejo de nos braços Basilissa ter,
Que a distância se revela no desejo de querer,
E o tempo faz o desejo de saber,
Que toda hora a saudade faz acontecer.
Então os corpos de almas vestidos,
Distantes se contemplam e se amam,
Desejos insanos e permitidos,
Desejos de almas que nas quentes inflamam.
E Basilissa lá distante me chama,
E o pensamento se fazem incorporados,
Na telepatia de cada coração que ama,
Entra na noite aos sons de namorados.