COTIDIANO
E o dia veio.
E com ele, as dores e o pesar constante
Da amargura triste, vil e degradante,
Do viver sozinho,
Do padecer errante.
E a noite veio.
E com ela, a sombra do sonhar perdido,
A lembrança amarga de ser esquecido,
Da saudade dura,
De não ser querido.
E o sono foge.
E sem ele, o pranto e o desespero vêm
Arrasar meu peito e o coração também
Porque te perdi,
Porque te quero bem.