Nas Asas Da Poesia
Abram alas para o amor,
Reverenciem a poesia
Que venha a luz da alegria!
Quero palco e não plateia!
Quero da essência o lume
Cansei do tosco perfume
Abram alas para a vida
Chega de mágica sofrida
De amor esbagaçado
De fingir felicidade
De aceitar sempre calado
A bandeira da infidelidade
Mais pensando bem poetas
Esta é a chave secreta
Por mais que pintem o trem
Impera desde Matusalém
O ditado realista
Escrito pela normalista
Que era a última da lista
E por isso muito aflita
Dizia para os quatro cantos
Que ninguém é de ninguém
Almas livres dos entraves
Gols certeiros nas traves
Alegorias, alegria, fantasia!
Chega de choro!
Que venha o amor!
Nas asas da poesia!
(Ana Stoppa)