QUERÊNCIA
(Sócrates Di Lima)

A distância me faz carente,
Faz minha amada impaciente,
A distância trama contra a gente,
Mas a saudade nos aproxima de repente.

Quero abraçar-lhe agora,
Real e em pensamento,
Um abraço sem demora,
Tão longo e tão sedento.

Amo-a na doçura do meu querer,
E no meu amar, a vontade emerge do ser,
Num louco e expressivo saber,
Que a saudade faz tudo acontecer.

Quero te pegar de jeito e no colo,
Na dimensão da saudade que sinto,
E quando estou com ela esta saudade esfolo,
Ignoro-a e a jogo no labirinto.

Basilissa é a minha única carência,
Não existe sombras de outros mares,
Somente ela tem minha alma em referência,
Meu amor é a carência dos seus olhares.

Trinta horas por dia,
É a disposição do meu amor que é só dela,
Minha carência eu expresso na poesia,
Mas o meu amor, entrego em corpo só pra ela. 

Como o encontro sob a chuva,
Que lava a saudade de um amor distante,
Minha carência não é turva,
É tão clara como a volúpia de dois amantes.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 15/03/2012
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3556330
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