Eu Amante
Eu viajante. no princípio um vulto,
Na memória, uma longa caminhada de horas.
Sombra iluminada por um sol em luto
Embaçando meu olhar na nuvem ociosa
Enquanto as baionetas britavam asfixiantes
Meu grito na noite, na rua silenciosa.
Eu amante, no silencio das águas,
Fecundo imoral, com aroma do ventre tenaz,
Adiante as tardes, a mistura carnal, quente,
Um vale de ondas e tempestades de paz