O que a vida possa me conceder...

Sei que não vou conseguir transmitir a felicidade

que sente a minha alma em lhe sentir

um pouco mais perto...

Mas...

O que sempre esperei da vida...

Foi amar e ser amada mesmo que a esperança e

a existência desapareçam...

Não permito mais que o céu me dê asas...

Guardarei-te como o tesouro da minha existência...

Espero ser justa para comigo e para

com aquele que se parece ser meu amigo...

Acredito que...

O que sinto não deve ser muito invejável...

Muito menos cobiçado...

É algo que só está no meu coração...

Tudo que o mundo poderia fazer por mim...

Senti que o mundo era você...

Acreditei que tudo era possível...

Foi difícil escutar o teu silêncio...

Você transpassou a minha alma...

Sinto-me entre a agonia e a desesperança...

Meus sentimentos são tão preciosos...

Que não morreram...

Meu coração agora não é só seu...

É muito mais meu...

Meus pensamentos e planos sempre foram bonitos...

De repente me vi horas e horas de solidão e meditação...

De tristeza e insignificância...

Caminhei insegura os dias que passavam...

Mas voltei...

E segurei o meu destino...

Com rédeas fortes...

Sinto a obrigação de me conter...

Para decidir para onde irei...

Quero voltar a sentir uma felicidade esmagadora...

Um amor que não devora...

Uma alegria de viver...

Esta luta interior...

Vai-me tirar a necessidade absoluta...

Quero o sossego e a solidão do meu mundo...

Quero constituir a minha cura...

Não quero incomodá-lo...

Não quero protestar sobre nada...

Menos ainda lamentar...

Eu só quero uma dádiva celestial...

Que me prepare para imortalidade...

Com a felicidade que a vida

possa me conceder...