Mais nada








Parece que quem fala sou eu.
Mas eu apenas roubei o que estava guardado
ainda sem tradução, codificado,
na sua memória e no seu peito trancado.
O que posso dizer então,
conhecendo o seu lado?
Se em minhas mãos tenho sua verdade,
completamente revelada,
sou eu quem faço a escolha
e não quero dizer nada.
Me limito a sentir apenas o que sente.
Não vou contar uma história.
Isso serve para se dissipar na atmosfera,
e não irá curar seu mal, sua mágoa.
Sinto apenas não poder iniciar sua caminhada.
Sinto muito e ao mesmo tempo
sei que sente que minha mão te afaga.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 14/03/2012
Reeditado em 14/03/2012
Código do texto: T3553276
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