Amor reprimido

Eu não posso mais ouvir a voz

Ou o grito que a garganta sufoca

Eu não posso ser cruel e algoz

Deste amor que já não trago na boca

Mas que teima em explodir em meu peito

Prisioneiro posto entre as grades

Que insurges contra o aço feito

Com as rosas rubras das saudades

Deste amor que não tem jeito

Como um arranjo em um jardim

Ou as flores de um canteiro

Como a dor do mundo inteiro

Cresce puro e verdadeiro

E apesar de derradeiro

Este amor, já não tem fim

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 13/03/2012
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