Amor reprimido
Eu não posso mais ouvir a voz
Ou o grito que a garganta sufoca
Eu não posso ser cruel e algoz
Deste amor que já não trago na boca
Mas que teima em explodir em meu peito
Prisioneiro posto entre as grades
Que insurges contra o aço feito
Com as rosas rubras das saudades
Deste amor que não tem jeito
Como um arranjo em um jardim
Ou as flores de um canteiro
Como a dor do mundo inteiro
Cresce puro e verdadeiro
E apesar de derradeiro
Este amor, já não tem fim