Onipresentes Estros
Em qualquer poesia
Precisa-se navegar com a alma,
Sendo ela nossa guarida de desejos
E ensejos, preces, hinos e orações
Vibrando com o ontem, com o agora lacrimejar!
Pelo mar,
Minha nau quero conduzir,
Levando nas mãos um terço verdejante
Brilhando pelo ar, d’onde a luz da morada
Ao sentimento que brotou em quimeras!
No pulsar das cordas do âmago,
Lateja intenso o poema nascido no anoitecer
Rubro como sol, lírico como luar
Enfeitando os céus de todas as estações,
De todas as cartas escritas como coração!
Onipresentes,
Sejam sempre estes estros divagadores
De uma estrela singela que numa noite de outono,
Avistei da soleira da minha sacada,
Singular feito perfume da malva no amanhecer!
Auber Fioravante Júnior
12/03/2012
Porto Alegre - RS