Um amor pra inflamar
Ontem choveu no horizonte!
Das cores das horas, só restaram os minutos.
Minutos precisos e incertos que dilatam o coração.
Há sons no horizonte.
Do terno olhar soa cânticos de dor e solidão, banhados pelo néctar ácido que extravasa a emoção.
Faz frio no horiznonte!
Os raios de um crepúsculo não são bastante para estancar a aragem da falta que no íntimo há.
Ontem choveu no horizonte.
Das formas de boca não sei mais. Das mãos que aninham não acolhem mais.
Há beleza no horizonte!
De primavera sem flores, de amor sem amores, de brisa sem ventos...
Há temores.
Há uma ilha no horizonte.
Do esquecimento, assim surgiu da presença que partiu.
Há formações que deformam o horizonte.
Há um coração que bate e com olhar vazio.
Preenche-se de vazio vindo do horizonte.
Há também um rio que anseia pelo mar.
Mas no mar de um horizonte, não há formas...
O que há?
E a chuva que hoje cai, parece pouca para inflamar seu ser!
Nos corredores de 2005.