Cânticos Esperançosos

Num solo envolvedor,

Cai à noite em versos espargidos

Do silêncio d’onde sou naufrago,

Das entrelinhas, dos veios que o pranto deixa

Pela face, sentindo os ensaios da solidão!

Oh! Avessos colhidos da brisa

Adentrando perfumada, como os belos

Jardins do Vesúvio desaguando em lamentos,

Emane seus cânticos de ternura, suavize a dor,

Quero ouvir a dobra dos sinos, a fé pelas pétalas!

Ah! Sonatas ao luar,

Venham com suas notas magicas

Exercer o dom da poesia idolatrada nas quintas,

No balançar das ondas conduzindo a nave

Até o cais onde a flor um dia desabrochou!

Ah! Palavra viajante dos céus,

Risque o firmamento desenhando o amor

Nas formas mais etéreas, geminando

Em cada planeta uma semente esperançosa,

Aguardando um beijo, um abraço, uma saudade incontida!

Auber Fioravante Júnior

11/03/2012

Porto Alegre - RS