Rua da tua casa
Existe em algum lugar deste mundo
As paredes e os espelhos mais felizes
Tu, a beleza, suas imagens, matrizes
E teus olhos nos refletem profundos!
Quero aprender o caminho da tua casa
Desejo saber qual lugar tem a honra
De abrigar o teu aconchego e sorriso
És, para mim, o melhor esconderijo
Na cidade em que descansa a tua rua
Também oscila o santo sossego!
As inquietas árvores curvam-se pra ti
E tu dispensas como se nada fosses...
O vinho imita não muito precisamente
Imita o tinto doce dos teus lábios...
Quando você chega cansada e quer descansar
Pena! O meu beijo ali não te recebe...
E o meu abraço por este céu te persegue
Dobra as esquinas cheias de poeira
E derrapa na distância das terras nossas!
E o meu cavalo branco me espera!
Mas não sou rei nem das minhas palavras
Quiçá o teu cônjuge majestoso!
Quero nos teus cabelos loiros me afogar
E logo morrer de amor neste gozo.