ROSA

Cada um com seu "Q"
Cada qual com seu "porquê".
No escarcéu desta vida,
O que de teu anseio posso dizer?

Sim, gosto de você,
Mas assim não me satisfaz.
Pois nos lampejos de carinho que me traz,
Nada por nada o que fazes me apraz!

Sou flor, sou jardim,
Sou riacho, água corrente,
Qualquer dia, não mais que de repente,
Jogo para fora o que se faz insolente.

Sou menina, sou mulher,
Sou perversa se assim quiser.
Sou cálida, gélida e não atingível
Ao que por ventura tua vontade me fizer.

Sou como cada qual nesta vida,
Aberta à chegada e à partida. 
Cabe a mim, rosa de espinhos e amor,
A entrada e a saída,
Toda ida e toda vinda,
No meu peito sagrado em flor.





(S2)
Liz Rocha Cantora
Enviado por Liz Rocha Cantora em 11/03/2012
Reeditado em 15/01/2013
Código do texto: T3547340
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