De degrau em degrau...

Trilhos enferrujados,

Palavras desvairadas,

Solidão intermitente...

Assim vivia eu abandonado,

Roupas amarrotadas,

Meio delinquente...

O sol resolveu me clarear

Diante de um sorriso que reluz,

Rostinho imberbe, pescoço que me seduz,

Mãos que se oferecem para eu acariciar.

Olhar que brilha sequioso de prazer

E que me apetece o ego perturbado,

Desejos sensuais me deixam enamorado

E me permitem esperar tudo acontecer.

Sonho abraçar corpinho tão franzino

E me proteger num peito tão protegido,

Saciar minha sede de beijar ser tão querido

E me sentir rejuvenescido tal qual um menino.

Meu coração bate alucinado repleto de alegria

Quando meu olfato percebe o perfume dessa flor,

Em minha aorta há o testemunho de intenso amor

Que me faz imaginar nada ser fantasia...

No céu de minha boca estrelas cintilam paixão

E me envolvem numa sensibilidade que é pura emoção

Cujo sentimento em sua ausência chora de saudade...

Primavera que edifica em mim um novo mundo,

Que me faz seduzir a alma num frenesi doce e profundo...

É que o amor eclode em busca da felicidade!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 10/03/2012
Código do texto: T3547207
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